Na antiguidade, os homens atribuíam poderes mágicos ao som, um poder tão abrangente a ponto de influenciar a natureza, a capacidade de criar e sustentar a vida. Não é para menos. Hoje sabemos, através de estudos e pesquisas, que o som influencia diretamente o corpo e a mente humana. É, portanto, um dos mais importantes fatores de conexão com as pessoas e seu estado de ânimo.
Não é necessário ser expert para saber a diferença que uma boa qualidade de som faz em qualquer evento. A sua “pureza” é o que as empresas de equipamentos eletrônicos tentam alcançar a cada nova invenção tecnológica. O objetivo é conseguir eliminar ruídos e apurar a qualidade do som reproduzido, sempre em busca da perfeição.
As caixas acústicas são cada vez menores e mais potentes. Estes equipamentos evoluíram bastante e já é possível transportá-los com facilidade e conectá-los a diversos dispositivos via USB, internet ou bluetooth. Algumas empresas empregam até tecnologia da NASA (ferrofluido) para garantir a boa qualidade do som em caixas menores, mesmo utilizando frequências altas. Além disso, essa melhoria faz com que as novas caixas consumam menos energia do que as convencionais — a média de economia é de 35%. Dessa maneira, elas ainda podem ser consideradas um produto “verde”.
É bom estar familiarizado com algumas nomenclaturas que podem ajudar a compreender melhor as características de cada produto:
– Frequência: calculada em Hz, sua variação nas faixas mínima e máxima demonstram o seu desempenho para sons graves, médios ou agudos. Por isso, ter alto-falantes específicos, dedicados a cada frequência, torna a acústica mais afinada: os subwoofers são responsáveis pelos graves, os woofers pelos médios e os tweeters são dedicados aos agudos;
– Potência: dada a partir do conjunto entre amplificadores e caixas de som, é medida em Watts. Fique atento: ter o dobro de potência não significa ter o dobro de volume;
– RMS (Root Mean Square): é a potência real medida pelos padrões internacionais de qualidade e, geralmente, quanto maior o valor, maior é sua capacidade de reproduzir o som em altos volumes sem distorção;
– THD: sigla em inglês para “distorção harmônica total”, seu valor é mensurado em porcentagem e o ideal é que não ultrapasse muito mais que 1% – quanto maior o percentual, maior a chance de ruídos no áudio.
Outro ponto fundamental é definir o posicionamento das caixas de som. Isso não é tão simples quanto se imagina. É preciso ter ideia da quantidade ideal necessária para o espaço e quantidade de pessoas esperadas para o evento. Colocar caixas de menos fará com que o som não chegue tão claramente a todos os participantes. Por outro lado, em excesso fazem com que haja uma diferença na chegada do som entre uma pessoa e outra, principalmente quando o evento for em um auditório.
Além das caixas acústicas, os microfones também são responsáveis pela qualidade da sonorização de um evento.
Os microfones captam as ondas sonoras e as transformam em sinais elétricos para a “leitura” das caixas. A forma como captam o som varia de acordo com o tipo de equipamento. Os mais comuns são os de mão, com ou sem fio, e os de lapela. Eles podem ser unidirecionais, que captam o som de apenas uma direção; bidirecionais, quando são capazes de captar sons de fontes opostas (uma pessoa na frente e outra atrás do microfone); e os omnidirecionais, que captam sons vindos de todas as direções. Este último, não funciona muito bem para eventos corporativos, porque acabam amplificando os ruídos do ambiente. Microfones de baixa impedância e saídas balanceadas funcionam melhor para situações ao vivo.
Por isso, para garantir uma verdadeira experiência sonora ao seu evento, busque sempre uma equipe especializada!
Você sabe o que é SURROUND? (box à parte)
O som surround é um padrão de áudio que procura garantir maior nível de imersão e uma experiência mais próxima da realidade. O recurso funciona tanto em ambientes (pequenos ou grandes), e até mesmo em fones de ouvido com múltiplos canais de áudio. No cinema, por exemplo, o efeito fica em evidência ao ouvir um determinado som ou ruído vindo de uma direção específica da sala, criando a sensação de estar participando daquela cena.
Nas músicas, por sua vez, fica muito mais fácil diferenciar instrumentos, vozes, efeitos, entre outros aspectos das melodias.
Tecnicamente, para que um sistema de som seja considerado surround, ele precisa ser capaz de reproduzir (ou ao menos simular) áudio partindo de várias direções. Para tanto o equipamento deve ter múltiplos canais (com contagem 5.1 ou 7.1). Essa contagem representa o número de canais reconhecidos ou usados, além do subwoofer, que é responsável pelos graves.